quarta-feira, março 21, 2007

Salmos - O Senhor é nosso auxilio e proteção, independente das circunstâncias.

Salmo 10


1 ¶ Por que, SENHOR, te conservas longe? E te escondes nas horas de tribulação?

2 Com arrogância, os ímpios perseguem o pobre; sejam presas das tramas que urdiram.

3 Pois o perverso se gloria da cobiça de sua alma, o avarento maldiz o SENHOR e blasfema contra ele.

4 O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações.

5 São prósperos os seus caminhos em todo tempo; muito acima e longe dele estão os teus juízos; quanto aos seus adversários, ele a todos ridiculiza.

6 Pois diz lá no seu íntimo: Jamais serei abalado; de geração em geração, nenhum mal me sobrevirá.

7 A boca, ele a tem cheia de maldição, enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e iniqüidade.

8 Põe-se de tocaia nas vilas, trucida os inocentes nos lugares ocultos; seus olhos espreitam o desamparado.

9 Está ele de emboscada, como o leão na sua caverna; está de emboscada para enlaçar o pobre: apanha-o e, na sua rede, o enleia.

10 Abaixa-se, rasteja; em seu poder, lhe caem os necessitados.

11 Diz ele, no seu íntimo: Deus se esqueceu, virou o rosto e não verá isto nunca.

12 ¶ Levanta-te, SENHOR! Ó Deus, ergue a mão! Não te esqueças dos pobres.

13 Por que razão despreza o ímpio a Deus, dizendo no seu íntimo que Deus não se importa?

14 Tu, porém, o tens visto, porque atentas aos trabalhos e à dor, para que os possas tomar em tuas mãos. A ti se entrega o desamparado; tu tens sido o defensor do órfão.

15 Quebranta o braço do perverso e do malvado; esquadrinha-lhes a maldade, até nada mais achares.

16 O SENHOR é rei eterno: da sua terra somem-se as nações.

17 Tens ouvido, SENHOR, o desejo dos humildes; tu lhes fortalecerás o coração e lhes acudirás,

18 para fazeres justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem, que é da terra, já não infunda terror.


Provavelmente este salmo seja a continuação do Salmo 9. O que podemos ressaltar é que o Salmista demonstra mais indignação por uma suposta "ausência" de Deus, do que a presença constante dos seus inimigos. Engraçado como muitas vezes nos colocamos nessa mesma posição, não somente diante de nossos inimigos, mas como diante de nos nossos problemas.

Devemos ter confiança em Deus independente das situações e ameaças que venhamos a ter, pois Ele é nosso refugio e proteção e nada acontece sem o Seu aval. O próprio salmista reconhece isso no versículo 12 quando diz:

Levanta-te, SENHOR! Ó Deus, ergue a mão! Não te esqueças dos pobres.

Esta metáfora usada pelo Salmista refere-se à intervenção de Deus em favor a ele. Que possamos ter essa mesma certeza: que temos o Senhor como nosso auxilio e proteção, independente das circunstâncias.


(Tiago Gonçalves - São Paulo/SP - Brasil)
Graça e paz!

quinta-feira, março 15, 2007

Salmos - “Em ti, pois confiam os que conhecem o teu nome”

Salmo 9

1 Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.

2 Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores.

3 Pois, ao retrocederem os meus inimigos, tropeçam e somem-se da tua presença;

4 porque sustentas o meu direito e a minha causa; no trono te assentas e julgas retamente.

5 Repreendes as nações, destróis o ímpio e para todo o sempre lhes apagas o nome.

6 Quanto aos inimigos, estão consumados, suas ruínas são perpétuas, arrasaste as suas cidades; até a sua memória pereceu.

7 Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar.

8 Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão.

9 O SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação.

10 Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam.

11 Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; proclamai entre os povos os seus feitos.

12 Pois aquele que requer o sangue lembra-se deles e não se esquece do clamor dos aflitos.

13 Compadece-te de mim, SENHOR; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte;

14 para que, às portas da filha de Sião, eu proclame todos os teus louvores e me regozije da tua salvação.

15 Afundam-se as nações na cova que fizeram, no laço que esconderam, prendeu-se-lhes o pé.

16 Faz-se conhecido o SENHOR, pelo juízo que executa; enlaçado está o ímpio nas obras de suas próprias mãos.

17 Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.

18 Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente.

19 Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as nações julgadas na tua presença.

20 Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam as nações que não passam de mortais.



Se há uma coisa clara nas Escrituras Sagradas é a certeza que Deus deve ser exaltado. E Ele o será independente de querermos ou não. Nos resta posicionarmos nossa vida a serviço desta exaltação. Davi abre o salmo acima com louvor, elogios e firmando propósitos:

“Louvar-te-ei” – “Contarei todas as tuas maravilhas” – “Alegrar-me-ei e exultarei em ti”

“Ao teu nome, ó Altíssimo, cantarei louvores”

Pois eram diversas as causas para essas certezas serem manifestas na boca deste servo e em seguida, ele os descreve: Deus, em sua retidão e justiça, sustenta nossas vidas, nossa causa. Ele julga o mundo e administra todas as coisas. (Eu disse: todas). O Senhor também é alto refugio! Davi conclui no verso 10:

“Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam.”

Ontem ao deitar-me, em dias difíceis, me lembrei de contar às coisas que o Senhor fez por mim. Lembrei do cuidado, da justiça, do zelo, do seu amor para comigo. Lembrei que não desejo errar, que quero conhecê-Lo melhor, mais e mais. Nossa vida é assim, há dias difíceis, e devemos sustentar nossos propósitos eternos independente do momento que passamos. Aqueles que conhecem o SENHOR (que foram conhecidos por Ele, desde a eternidade) sabem a quem recorrer em todo tempo.

Que tenhamos essas mesmas palavras: “Em ti, pois confiam os que conhecem o teu nome

Senhor ajuda-nos a observar mais tuas características e firmadas nesse conhecer, caminhar confiadamente em Ti.


(Samir Mesquita – São Paulo/SP – Brasil)

quarta-feira, março 14, 2007

Salmos - Que é o homem que dele te lembres? E o filho do homem que o visites?

Salmo 8

1 ¶ Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade.
2 Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador.
3 ¶ Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste,

4 que é o homem, que dele te lembres E o filho do homem, que o visites?
5 Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.
6 Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste:
7 ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo;
8 as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares.
9 Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome!


De fato Deus é magnífico. E nós? O que somos nós? Somos pecadores que muitas vezes esquecemos de como Deus é misericordioso para conosco. Deus nos deu um lugar de prestigio na criação e nós muitas vezes rejeitamos este lugar. Este Deus a quem definitivamente não merecemos presta-se a lembrar de nós e nós em nossa pequenez, de forma lamentável cometemos o erro de esquecer de Deus e de nosso privilégio em sermos servos dele. Que todos nos empenhemos em adorar a este Deus tão magnífico.

Obrigado Deus por tamanha misericórdia e por maravilhosa graça dispensada a nós.

(Robson Magalhães – São Paulo/SP – Brasil)

terça-feira, março 13, 2007

Salmos - O Senhor é o nosso escudo

Salmo 7

1 ¶ SENHOR, Deus meu, em ti me refugio; salva-me de todos os que me perseguem e livra-me;

2 para que ninguém, como leão, me arrebate, despedaçando-me, não havendo quem me livre.

3 SENHOR, meu Deus, se eu fiz o de que me culpam, se nas minhas mãos há iniqüidade,

4 se paguei com o mal a quem estava em paz comigo, eu, que poupei aquele que sem razão me oprimia,

5 persiga o inimigo a minha alma e alcance-a, espezinhe no chão a minha vida e arraste no pó a minha glória.

6 Levanta-te, SENHOR, na tua indignação, mostra a tua grandeza contra a fúria dos meus adversários e desperta-te em meu favor, segundo o juízo que designaste.

7 Reúnam-se ao redor de ti os povos, e por sobre eles remonta-te às alturas.

8 O SENHOR julga os povos; julga-me, SENHOR, segundo a minha retidão e segundo a integridade que há em mim.

9 Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo; pois sondas a mente e o coração, ó justo Deus.

10 ¶ Deus é o meu escudo; ele salva os retos de coração.

11 Deus é justo juiz, Deus que sente indignação todos os dias.

12 Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto;

13 para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas.

14 Eis que o ímpio está com dores de iniqüidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira.

15 Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz.

16 A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua violência.

17 Eu, porém, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo.


Neste Salmo Davi roga ao Senhor que o livre de seus inimigos e das falsas acusações vindas de seus adversários. E coloca Deus como seu juiz, entrega sua causa a Ele. Sem dúvidas esse Salmo é um estimulo para colarmos todas nossas dificuldades e indignações diante do Senhor, e confiar que Ele é justo juiz e que nada foge do controle das suas mãos.

Devemos nos refugiar no Senhor e confiar em seus eternos planos para nossa vida, pois desde o principio Ele soube que iríamos passar por dificuldades e que muitos iriam querer derrubar os Seus filhos, porém como o próprio salmista disse:

O Senhor é seu escudo, o Senhor é o nosso escudo.

(Tiago Gonçalves – São Paulo/SP – Brasil)

segunda-feira, março 12, 2007

Salmos - O SENHOR ouviu a voz do meu lamento.

Salmo 6 –

1 ¶ SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.

2 Tem compaixão de mim, SENHOR, porque eu me sinto debilitado; sara-me, SENHOR, porque os meus ossos estão abalados.

3 Também a minha alma está profundamente perturbada; mas tu, SENHOR, até quando?

4 Volta-te, SENHOR, e livra a minha alma; salva-me por tua graça.

5 Pois, na morte, não há recordação de ti; no sepulcro, quem te dará louvor?

6 Estou cansado de tanto gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago.

7 Meus olhos, de mágoa, se acham amortecidos, envelhecem por causa de todos os meus adversários.

8 ¶ Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniqüidade, porque o SENHOR ouviu a voz do meu lamento;

9 o SENHOR ouviu a minha súplica; o SENHOR acolhe a minha oração.

10 Envergonhem-se e sejam sobremodo perturbados todos os meus inimigos; retirem-se, de súbito, cobertos de vexame


Interessante como a intimidade, a proximidade com o Senhor são reveladas pelas palavras, ações de cada um de nós. Respeito e muitas vezes, uma certa dose de ousadia, saltam aos olhos na história de alguns personagens bíblicos.

Davi rasga seu ser diante de Deus expondo toda sua pequenez, toda necessidade de misericórdia vinda da parte de Deus para que sua vida volte a ser prazerosa. Observar a expressão: “SENHOR, até quando?” – é constatar o limite da alma, é ver que já não havia outra esperança que não o Senhor. Você pode também parar no verso 5 e olhar os argumentos de Davi perante seu Deus. “Pois, na morte, não há recordação de ti, no sepulcro, quem te dará louvor?”

Davi sabia a quem recorrer nos seus apertos, nos seus tempos de angústia. Esse caminho é hoje aberto a nós, pelo Senhor Jesus. Ele nos aproximou ao Deus da graça, socorro presente, uma fortaleza instransponível! Que tenhamos o mesmo desespero na luta contra o mal. Desespero intenso de obediência, desespero bom. Desespero por louvar a Deus em tudo.




“Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniqüidade, porque o SENHOR ouviu a voz do meu lamento.”